Duas teorias económicas
explicam a formação do gosto pelas artes:
- A teoria do capital de consumo e dependência
racional: o consumidor parte de um capital inicial de experiência de consumo,
que permite que a utilidade (satisfação) que retira de cada nova experiência seja
sempre maior. Ou seja, quanto mais consome, mais gosta.
- A teoria da aprendizagem pelo consumo: o
consumidor retira uma utilidade (satisfação) não expectável de cada experiência
de consumo, que pode ser positiva ou negativa, fazendo o seu gosto pela arte
aumentar ou diminuir no final de cada experiência. Ou seja, umas vezes gosta,
outras não.
As duas teorias são
compatibilizáveis ao serem associadas a diferentes fases de apreciação. Numa
fase inicial, o consumidor não tem ainda um capital de experiências de consumo
e cada nova experiência pode ser mais ou menos gratificante, em função das
expectativas que cria a partir das poucas experiências anteriores. Numa fase
mais avançada de consumo, as expectativas tornam-se mais estáveis fruto de um
maior capital de experiência – o gosto cultivado.